PERFIL BIBLIOGRAFICO DE ALAN KARDEC POR CARLOS BERNARDO LOUREIRO

“Em 1854, Denizard Hippolyte ouve falar pela primeira vez das ‘mesas girantes’, através do Sr. Fortier, magnetizador, com o qual entrara em relações para os seus estudos sobre o Magnetismo.

O Sr. Fortier diz-lhe um dia:

‘Eis uma coisa mais do que extraordinária: não somente magnetizam uma mesa, fazendo-a girar, mas também a fazem falar; perguntam coisas e ela responde’.

Denizar Hippolyte replica:

‘Isto é outra questão: acreditarei quando puder ver com os meus próprios olhos e quando me provarem que uma mesa tem um cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se sonâmbula.Por enquanto, seja-se permitido dizer que tudo isso me parece um conto para fazer dormir em pé’.

Assim começava a vida espírita do discípulo de Pestalozzi: pela mais absoluta descrença! Tal era a princípio o estado de ânimo do futuro Codificador do Espiritismo, não negando coisa nenhuma por parti pris, mas pedindo provas e querendo ver o observar para crer.

No ano seguinte – era começo de 1855 – Rivail encontrou-se com o Sr. Carlotti, seu amigo há vinte e cinco anos, que discorreu acerca de fenômenos espíritas durante mais de uma hora. O Sr. Carlotti era corso, de uma natureza ardente e enérgica. Afirma Rivail sobre o seu amigo: ‘Eu tinha sempre distinguido nele as qualidades que caracterizam uma grande e bela alma, mas desconfiava de sua exaltação. Ele foi o primeiro a falar-me da intervenção dos Espíritos, e contou-me tantas coisas surpreendentes que, longe de me convencer, aumentou minhas dúvidas. “Você um dia será um dos nossos” – disse-me ele. “Não digo que não” – respondi-lhe – “Veremos isso mais tarde”.

Pelo mês de maio de 1855, Rivail visitava a casa da sonâmbula Sra. Roger. Lá encontrou o Sr. Patier e a Sra. Plainemaison, que lhe falaram desses fenômenos no mesmo sentido que o Sr. Carlotti. O Sr. Patier era funcionário público, de uma certa idade, homem muito instruído, de um caráter grave, frio e calmo; sua linguagem pausada, isenta de todo entusiasmo, produziu em RIvail uma viva impressão; e quando ele lhe fez oferecimento para que assistisse às experiências que tinham lugar em casa da Sra. Plainemaison, na rua Grange-Batelière, nº 18, aceitou prontamente. A sessão foi marcada para a terça-feira (esta data ficou em branco no manuscrito de Allan Kardec) de maio, às 20 horas.

‘Foi aí – informa Rivail – pela primeira vez que fui testemunha do fenômeno das mesas girantes, que saltavam e corriam, e isso em condições tais que a dúvida não era possível.

‘Aí vi, também, alguns ensaios muito imperfeitos de escrita mediúnica em uma ardósia com o auxílio de uma cesta. As minhas idéias estavam longe de se haver modificado, mas naquilo havia um fato que deveria ter uma causa. Entrevi, sob essas aparentes futilidades e a espécie de divertimento que com esses fenômenos se fazia, alguma coisa de sério e como a revelação de uma nova lei, que a mim mesmo prometi aprofundar.

‘A ocasião se ofereceu antes de observar mais atentamente do que tinha podido fazer. Em um dos serões na casa da Sra. Plainemaison fiz conhecimento com a família Boudin, que morava, então, na rua Rochehouart. O Sr. Boudin me fez oferecimento no sentido de assistir às sessões hebdomadárias que se efetuavam em sua casa, e às quais eu fui, desde esse momento, muito assíduo’.

Foi aí que Rivail fez os primeiros estudos sérios de Espiritismo, aplicando a essa nova ciência, como até então o tinha feito, o método da experimentação. Jamais formulou teorias preconcebidas: observava atentamente, comparar, deduzia as conseqüências; dos efeitos procurava remontar às causas, pela dedução, não admitindo como válida uma explicação senão quando ela podia resolver todas as dificuldades da questão. Foi assim que procedeu sempre em seus trabalhos anteriores. rivail compreendeu, desde o princípio, a gravidade do trabalho que iria empreender. Entreviu, nesses fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro, a solução que havia procurado toda a sua a sua vida; era, em uma palavra, uma completa revolução nas idéias e nas crenças; preciso, portanto, se fazia, agir com circunspecção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para se não deixar arrastar pelas ilusões.

Um dos primeiros resultados das observações de Rivail foi que os Espíritos outra coisa não são senão as almas dos homens, não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência; que seu saber era limitado ao grau de seu adiantamento, e que sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Esta verdade, reconhecida desde o começo, evitou-lhe o grave escolho de crer na sua infalibilidade e lhe preservou de formular teorias prematuras sobre o dizer de um só ou de alguns.

Só o fato da comunicação com os Espíritos, o que quer que eles pudessem dizer, provava a existência de um mundo invisível ambiente: já era um ponto capital, um imenso campo franqueado às investgações, a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados. O segundo ponto, não menos importante, era conhecer o estado deste mundo, seus costumes, etc. Cedo, Rivail percebeu que cada Espírito, em razão de sua posição pessoal e de seus conhecimentos, lhe desvendava, apenas, uma fase do plano onde se encontrava, exatamente como se chega, como um todo, à situação de um país, interrogando-se os seus habitantes, pertencentes a todas as classes e de todas as condições, podendo cada um nos ensinar alguma coisa, e nenhum deles podendo, individualmente, nos ensinar tudo. Cumpre ao observador formar o conjunto, com o auxílio dos depoimentos colhidos de diferentes lados, colecionados, coordenados e confrontados entre si. Rivail, pois, agiu para com os Espíritos como o teria feito com os homens; eles foram para ele, desde o menor até o mais elevado, meios de colher informações e não “reveladores predestinados”.

A estas informações pinçadas em “Obras Póstumas” (publicado 22 anos depois do lançamento de “A Gênese”, em 1868, o livro apresenta vários trabalhos de Allan Kardec que nunca haviam aparecido em livro. Este livro representa o testamento doutrinário do Codificador do Espiritismo), convém acrescentar que, a príncípio, Rivail, longe de ser entusiasta dessas manifestações, e absorvido por suas próprias preocupações, esteve a ponto de as abandonar, o que talvez tivesse feito, se não fossem as insistentes solicitações dos Srs. Carlotti, René Tailander, membro da Academia de Ciências, Thiedeman-Manthèse, Victorien Sardou, pai e filho, e Pierre-Paul Didier, livreiro-editor, que acompanhavam, havia cinco anos, o estudo desses fenômenos e tinham reunido cinqüenta cadernos de comunicações diversas, que eles não conseguiam pôr em ordem.

Conhecendo as vastas e raras aptidões de síntese de Rivail, esses pesquisadores lhe enviaram os cadernos, pedindo-lhe que deles tomasse conhecimento e os pusesse em termos. Este trabalho era árduo e exigia muito tempo, em virtude das lacunas e obscuridades dessas comunicações. O sábio enciclopedista lançou-se à obra; tomou os cadernos, anotou-os com cuidado, após atenta e circunspecta leitura; suprimiu as repetições e pôs, na respectiva ordem, cada ditado, cada relatório de sessão; assinalou as lacunas a preencher, as obscuridades a aclarar, e preparou as perguntas necessárias para chegar a esse resultado.

“Até então – diz ele próprio – as sessões em casa do Sr. Boudin não tinham nenhum fim determinado; propus-me a fazer resolver os problemas que me interessavam sob o ponto de vista da Filosofia, da Psicologia e da natureza do Mundo Invisível. Comparecia a cada sessão com uma série de questões preparadas e metodicamente dispostas; eram respondidas com precisão, profundeza e de um modo lógico. Desde esse momento, a reuniões tiveram um caráter muito diferente; entre os assistentes encontravam-se pessoas sérias que tomaram por isso um vivo interesse. A princípio eu não tinha em vista senão minha própria instrução; mais tarde, quando vi que tudo isso formava um conjunto e tomava as proporções de uma doutrina, tive o pensamento de o publicar para instrução de todos. Foram essas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, fizeram a base de O Livro dos Espíritos”.

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Origem do nome Allan Kardec

Em “Vida e Obra de Allan Kardec” – ver mais informações na íntegra do “Curso Regular de Espiritismo”, disponível na livraria do Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro -, André Moreil afirma que, certa noite, Zéfiro, Espírito protetor de Denizard Hippolyte Léon Rivail, informou havê-lo conhecido numa existência anterior, quando, na época dos druidas, viveram nas Gálias. Disse-lhe que o seu nome era, então, Allan Kardec. “A partir desse momento – comenta Moreil – Denizard Rivail já não existe”.

(…)

Os druidas eram sacerdotes celtas. Os celtas, povos antiquíssimos, de origem indo-germânica, empreenderam grandes migrações desde os tempos pré-históricos, percorrendo toda a Europa, desde as Ilhas Britânicas até a Ásia Menor. Mas, por volta do ano 250 antes do Cristo, quando atingiram o clímax do seu poder, estavam fixados principalmente nas Gálias.

Embora sua linguagem e os fundamentos de sua cultura já estivessem estruturados desde sete séculos antes da nossa era, jamais se organizaram politicamente sob qualquer forma de governo. Apenas uma poderosa e mística força os unia à casta sacerdotal, que mantinha íntegros os preceitos religiosos e as raríssimas tradições do mundo celta. Esses sacerdotes eram os druidas, reverenciados pelas tribos onde quer que fossem. Dedicavam-se à Teologia, à Filosofia, à Magistratura. Conduziam todo um povo, cujas crenças se fundamentavam na imortalidade da alma e na reencarnação, além de admitir, serenamente, a comunicabilidade com os Espíritos.

A revista “Reformador” reproduziu, em francês, a carta que Denizard Hippolyte Léon Rivail escreveu ao Sr. Thiedman-Manthèse, em 27 de outubro de 1857, relativamente ao pseudônimo que adotara: “Duas palavras ainda a propósito do pseudônimo. Direi, primeiramente, que neste assunto lancei mão de um artifício, uma vez que, dentre 100 escritores, há sempre os 3/4 que ão conhecidos por seus nomes verdadeiros, com a só diferença de que a maior parte toma apelidos de pura fantasia, enquanto que o pseudônimo Allan Kardec guarda uma certa significação, podendo eu reivindicá-lo como o próprio em nome da Doutrina Espírita”.

O certo é que, ao adotar o pseudônimo Allan Kardec, o professor Rivail deu valioso testemunho, não somente de fé, mas, igualmente, de humildade, pois seu nome civil era dos mais ilustres da França. Ele descendia de antiga e tradicional família, cujos membros brilharam na Advocacia e na Magistratura.

Denizard Rivail foi um dos mais destacados discípulos de Pestalozzi e, depois, conselheiro influente nas reformas do ensino levadas a efeito na França e na Alemanha. Poliglota, dominava, além do francês, o alemão, o inglês, o latim e o grego. Verteu, para o alemão, obras importantes, como as de Fénelon (François de Salignac de la Mothe, nascido em 1651 e desencarnado em 1715),k destacando-se “Telêmaco”, epopéia romanesca em prosa, inspirada na “Odisséia”, de Homero.

 

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Quem quiser conhecer mais sobre Allan Kardec e o Espiritismo, pode procurar a nossa livraria. Os textos acima estão presentes no “Curso Regular de Espiritismo”, material do pesquisador Carlos Bernardo Loureiro.

FUNDAÇÃO ICECBL

Fundado na terça-feira, 22 de aqosto de 2006, doze dias após a desencarnação do pesquisador espírita que dá nome à Casa, o Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro iniciou suas atividades práticas no campo da desobsessão e do esclarecimento intelectual do Espírito no dia 27 do mesmo mês.

Esta primeira reunião ocorreu em um domingo pela manhã, às 09:00h, na sede de uma confecção de camisetas, tendo sido precedida por uma desobsessão no local, realizada no dia anterior, às 16:00h.

Já na segunda-feira, 28 de agosto, a primeira sede oficial do Instituto foi posta em funcionamento – uma casa no bairro do Rio Vermelho, no final da Avenida Cardeal da Silva, nº 140, onde viria a funcionar por 178 reuniões.

Prontamente, todo o trabalho idealizado e exercido por Carlos Bernardo Loureiro foi posto em prática novamente: além das reuniões de desobsessão aos domingos, segundas e sextas-feiras, o grupo de pesquisas sobre os fenômenos espiríticos voltou a funcionar sob o nome de Círculo de Pesquisas Ambroise Paré (Espírito que acompanhou o pesquisador em seus trabalhos de pesquisa, coordenando a obtenção dos fenômenos) e em seu dia habitual: às terças-feiras. Da mesma forma os trabalhos das quartas-feiras foram restabelecidos tal e qual construídos pelo pesquisador espírita – do mesmo modo, a desobsessão em lugares solicitados e permitidos pelos Espíritos-Controle fora das dependências do Instituto.

A responsável pela continuidade de uma atividade de tal modo nobre e que requer conhecimentos, firmeza de princípios e fidelidade análogos aos de Carlos Bernardo Loureiro é a Presidente do Instituto, Cristiane Amaral, biografada em seção específica deste site.

Durante os 7 meses e 5 dias de funcionamento do Instituto no bairro do Rio Vermelho, não foi sem estudos sérios e disciplina forte que o trabalho pôde ser realizado e firmado. Esta postura levou ao surgimento das “Normas”, acessíveis em link no menu Inicial do site e de observância obrigatória a todos os que venham a freqüentar a instituição, seja no papel de médiuns, seja na condição de assistidos.

Como o trabalho assumiu dimensões além da capacidade suportada pela então sede, foi providenciada a mudança para o atual endereço – Rua Professor Palma, 13 – Barbalho – no dia 03 de abril de 2007. Desde a sua fundação, os Espíritos têm encontrado no Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro um local de muito estudo, disciplina, amor à causa espírita e respeito às dores e sofrimentos alheios. É neste local que os trabalhos são realizados, visando o tratamento de encarnado e desencarnados na medida que a Lei Natural exige e permite.

AUTOBIOGRAFIA Cristiane Amaral de Jesus

Cristiane Amaral de Jesus, nascida em 15/06/1968, formada em Letras Vernáculas com Língua Inglesa pela UNEB-BA, em Santo Antônio de Jesus, cidade natal. Em 11 de janeiro de 1995 conhece o notável pesquisador espírita Carlos Bernardo Loureiro, tornando-se médium do centro que fundara. Casada com o jovem Luciano Pereira Soares, tendo a mesma jornada universitária da companheira.

Espírito inquieto, inteligente e muito estudioso, em pouco tempo já havia explorado muitos livros seletos da doutrina Espírita principalmente, fora a Codificação e a Revista Espírita, claro, aprecia até hoje as pesquisas de Ernesto Bozzano, León Denis, Gabriel Delanne, Gustave Geley, Carlos Imbassahy, Charles Richet, Oliver Lodge, reconhecendo o ideal Espírita, ciência e filosofia com conseqüências éticas, como ideal de sua vida.

A partir de 1999 começa a realizar palestras a comando e preparação do querido dirigente Carlos Bernardo Loureiro, organiza os cursos das quartas-feiras, os encontros de médiuns e o último seminário antes da desencarnação do mesmo (23/07/2006) e o lançamento de três livros. Companheira de ideal dileto, participa do primeiro seminário em 2000: “O Espiritismo e a Cultura Brasileira”; 2002: “O Espiritismo Segundo o Espiritismo”; 2003: “Espiritismo, esse desconhecido”; 2005: “Encontro com a Cultura Espírita”; 2006: “Perispírito: Natureza, Funções e Propriedades”.

Participara de muitas peças teatrais no centro, com a direção do ator consagrado e saudoso Milton Gaúho, a quem agradeço imensamente pelo aprendizado na arte teatral. E os continuadores do trabalho de Milton Gaúcho, Tato Tavares e Raul Denis em períodos específicos.

Agradecimentos de um Espírito recalcitrante, mas, que luta todos os dias para “deixar de ser ruim”, ensino advindo do querido Carlos Bernardo Loureiro. Este que melhor não houve, nem há, para a interpretação filosófica e científica desta belíssima doutrina. Muito aprendi com ele e com os Espíritos que com ele trabalhavam.

Continuo o seu trabalho, pois, duas semanas antes de sua desencarnação, num domingo, ele revelava na sala mediúnica que já tinha quem continuaria seu trabalho e anunciou meu nome. No momento, dava passe e fiquei inquieta, mas, agradecida, pois, amo trabalhar com desobsessão. Preciso deste trabalho e é uma honra dignificar a doutrina dos Espíritos, tão achicalhada neste país. País que teve mestres em sua defesa como Leopoldo Machado, Abel Mendonça, Aurelino Mota de Carvalho, Josué Arapiraca, Deolindo Amorim, o Kardec brasileiro, Luis Olímpio Teles de Menezes, Cairbar Schutel, Carlos Imbassahy, Odilon Negrão, Ismael Braga, Herculano Pires, Lins Vasconcelos e tantos outros corifeus da defesa doutrinária do puro pensamento Kardequiano.

E repito quantas vezes for necessário: o querido pesquisador espírita Carlos Bernardo Loureiro, que desencarnado em 10/08/2006, em 22/08/2006 decido junto com os Espíritos e alguns companheiros fundar o Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro em homenagem e a dignificar seu trabalho que fora modificado por uma moda chamada “passe light”. Fui preparada para trabalhar com a escória espiritual que também fazemos parte, muitas vezes, os principais causadores das obsessões.

Divulgo a doutrina escrevendo artigos que poderão ser encontrados na sede do Instituto e em nosso site.

Desencarnação de Carlos Bernardo Loureiro

Creio que, um dia os espíritas aceitarão como regra axiomática o princípio pelo qual dediquei minha vida – o direito de pesquisar!
(Carlos Bernardo Loureiro)

Na noite de 10 de agosto de 2006, às 20:20 h, no Hospital Espanhol em Salvador – BA, o coração de Carlos Bernardo Loureiro detém-se para sempre em consequência de complicações nos rins e fígado. Até aquela data ele havia realizado, juntamente com uma numerosa falange de Espíritos tarefeiros, abnegados, esclarecidos, uma tarefa gigantesca: a pesquisa que resultou na materialização do Espírito Noiva, relatado no seu livro “Outras Dimensões”, mais de 23 livros publicados e 13 a publicar. No início da década de 1970 tornou-se espírita, já por 40 anos dedicados às dores alheias, com o trabalho de desobsessão, aprendido nas lides espiritistas nas figuras de grandes espíritas como Aurelino Mota de Carvalho, Abel Mendonça e José Arapiraca, desenvolveu um método próprio com seus companheiros, os Espíritos. Com a técnica de desobsessão trabalhando com os chakras e meridianos, tendo 300 médiuns em uma sala mediúnica, no total de 600 pessoas com os assistidos, nunca ocorrendo nenhum problema. Treinou ao longo destes anos mais de 1.200 médiuns; visitava, praticamente, todos os hospitais desta cidade, sejam psiquiátricos ou não atendendo a todos que solicitavam a assistência espiritual; escreveu mais de 3.000 artigos para periódicos na Bahia, Brasil, América Latina e Portugal, tendo seu livro “Fenômenos Espíritas no Mundo Animal” traduzido para o italiano.

Aproximadamente 100 seminários a nível estadual e nacional como:

  • A Mulher Espírita e a Problemática Social – 20 a 22 de novembro de 1987. Auditório da Polícia Militar dos Barris (atrás da Biblioteca Central dos Barris).         Espiritismo e Criminologia – de 25 a 27 de março de 1988, no Auditório da Polícia Técnica da Bahia.         Curso de Ciência Espírita – 2 a 4 de dezembro de 1988 – no Auditório da Faculdade de Odontologia da UFBA – Canela.         Seminário sobre O Evangelho – Constituição Moral da Humanidade – 7 a 9 de abril de 1989, no TELMA – Saúde

  • Seminário sobre Espiritismo e Homeopatia – segundo semestre de 1988

  • 1º Seminário sobre Relações Familiares – 2 a 4 de maio de 1989 – Saúde         1º Semana do Livro Espírita – 17 a 26 de novembro de 1989 – Praça Piedade – Promoção do TELMA (em 10 a 15 de junho de 1991, houve a 3ª)         Seminário de Estudos Espíritas. A Pureza Doutrinária – Universalismo – Espiritismo – 25 a 27 de maio de 1990 – Casa de Emmanuel         Seminário de Educação Espírita – 26 a 28 de julho de 1991, com a presença de Ney Lobo (Paraná) – sede dos Correios e Telégrafos – Pituba

  • Seminário A Obsessão e seus Mistérios em 1996 – Auditório da Polícia Militar dos Barris

  • Seminário A Visão Espírita da Morte – 20 e 21 de julho de 1996 – Escola Técnica Federal da Bahia – Barbalho

  • Seminário Vida e Obra de Allan Kardec – 19 e 20 de outubro de 1996 – Escola Técnica Federal da Bahia – Barbalho

  • Seminário Ciência Espírita, Metapsíquica e Parapsicologia – 20 a 22 de dezembro de 1996 – Auditório Raul Chaves – Faculdade de Direito da UFBA – com salas subdivididas para trabalhos práticos dos Fenômenos Espíritas como levitação com Carlos Bernardo Loureiro, e telepatia, com Djalma Mota Argolo.

  • Seminário Mediunidade, Animismo e Mediunismo – início de 1997 (Lançamento do livro Jesus, O Mestre do Espírito)

  • Seminário A Mediunidade e os Fenômenos Espíritas – 29 e 30 de novembro de 1997 – Faculdade de Direito da UFBA – Auditório Raul Chaves. Com a presença de Jorge Rizzini (São Paulo)

  • Seminário Moisés, Jesus e Kardec – 24 e 25 de abril de 1999. Auditório da Faculdade de Direito da UFBA

  • Seminário O Espiritismo e a Cultura Brasileira – 03 a 05 de novembro de 2000 – no TELMA         Seminário A Família e a Cultura Brasileira – 03 a 05 de agosto de 2001 – no TELMA

  • Seminário: O Espiritismo Segundo o Espiritismo – 08 e 09 de novembro de 2002 – na Casa do Comércio

  • Seminário Espiritismo: Esse Desconhecido – 20 de dezembro de 2003 – no Othon

  • Seminário Educação, Família, Trabalho e Sociedade à luz do Espiritismo – 29 de maio de 2004

  • Seminário Allan Kardec: O Bom-Senso Encarnado, – 27 de novembro de 2004.

  • Seminário Encontro com a Cultura Espírita – 27 de novembro de 2005 no Centro de Convenções – Balcão Iemanjá

  • Seminário Perispírito: Natureza, Funções e Propriedade – 23 de julho de 2006, no TELMA (Sob minha coordenação)

Entre tantos seminários e congressos que fora convidado há o Congresso da FEEB, dia 01 a 03 de novembro de 1999, e o seminário “Perispírito e Saúde” promovido pela AME – Bahia (Associação de Medicina e Espiritismo da Bahia) em 12.06.1999, na Faculdade de Direito da UFBA; fundou o núcleo Espírita em Estocolmo na Suécia realizando palestra no auditório de Estudos Antropológicos da América Latina na Universidade de Estocolmo em 2004.

Vários programas em rádio e TV entre eles: Conversando sobre Espiritismo na Rádio Clube AM com a parceria da ABRAJEE na Bahia em 1989 sob a coordenação do espírita Joseval Carneiro por mais de 3 anos tendo a visita de eminentes confrades como Ney Lobo, Antonio Rosaspina (Milão – Itália), Dora Incontri (SP), José Serpa (DF), Jorge Rizzini (SP), Alamar Régis (PA); rádio FM Itaparica por 3 meses em 1999; no canal 4, SBT aos sábados por 11 meses entre 15/09/2005 a 05/08/2006, Encontro Com a Cultura Espírita.Nasceu na cidade de Salvador, Bahia, no dia 16 de abril de 1942. Filho do professor Antônio Loureiro de Souza e de Elza Cajazeira Loureiro de Souza (ambos falecidos). Teve dois filhos – Sandra Mª e Marcelo Adriano. É formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Exerceu a advocacia por algum tempo, sendo contratado assessor jurídico da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB, onde já trabalhava; participou de vários encontros jurídicos, destacando-se o que se realizou na Câmara dos Deputados, em Brasília, em dois períodos (1973/1974), quando da elaboração do Código de Direito do Trabalho, quando levou a efeito moção, constante dos Anais do Congresso Nacional, em homenagem ao pioneirismo de Allan Kardec na discussão e defesa dos direitos laborais em O Livro dos Espíritos, de 18 de abril 1857. Fundador do Teatro Espírita Leopoldo Machado em 28/03/1984 e o Instituto de Cultura Espírita da Bahia – ICEBA em 1993, contando, para tanto com a orientação do saudoso professor Deolindo Amorim. Representante da ABRAJEE (Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas) no Estado da Bahia onde participou entre tantos do VII Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas no Rio de Janeiro cuja diretoria provisória da ABRAJEE de 1976 a 1982 contava com o presidente, nosso confrade, profº Deolindo Amorim, tornando-se diretoria de transição e presidente de Honra na efetiva. Carlos Bernardo Loureiro fora congressista em 15/11/1979 na sessão preparatória sendo secretário da mesa, participando, assim, ativamente de todos os encontros da ABRAJEE após este congresso.

Defendera toda a sua reencarnação a pureza doutrinária do Espiritismo codificado pelo Mestre de Lyon, Allan Kardec, discípulo, defensor e ávido polemista do pensamento Kardequiano, jamais aceitando a doutrina ser colocada como religião. Lutando, em juízo, contra o casamento no centro espírita em 2005; nunca aceitou esta a tão pouco seminários e congressos que, ao invés, de defender temas espíritas afirmam como um Seminário aqui em Salvador patrocinado pela Federação Espírita da Bahia em 2004 apresentando ser o Espiritismo mais uma “religiãozinha” ou no Congresso Internacional Brasil – Portugal não se fazer homenagem ao pesquisador espírita e grande defensor da doutrina em Portugal, principalmente, depois da IIª Guerra Mundial, o confrade Isidoro Duarte dos Santos e seus periódicos como os Estudos Psíquicos que circulava por vários países na Europa e correspondentes e contribuidores no Brasil como Leopoldo Machado, Alfredo Miguel, Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim e o próprio Carlos Bernardo Loureiro nos seus últimos anos de circulação.

O pesquisador estimado Carlos Bernardo Loureiro fora o único em sua geração que defendeu com dignidade os trabalhos dos grandes nomes da Doutrina Espírita como Leopoldo Machado, Deolindo Amorim, Isidoro Duarte dos Santos, Carlos Imbassahy, Cairbar Schutel, Humberto Mariotti, Natálio Ceccarini, Cosme Mariño, Manuel S. Porteiro, Léon Denis, grandes pesquisadores metapsiquistas e parapsicólogos (antes dos religiosos lançarem suas garras e destruírem-na): Gustave Geley, Charles Richet, Madame Curie, Ernesto Bozzano, Paul Gibier, Cesare Lombroso, Joseph B. Rhine; sem part pris a qualquer tipo de tendência contrária à Doutrina dos Espíritos. Ultimamente, pesquisava muito sobre os últimos estudos da Astrofísica e da Cosmologia. Não esquecendo que continuava suas pesquisas espiríticas no Grupo Ambroise Paré nas terças-feiras.

Sempre defendeu as origens reais da Doutrina na América Latina com a criação do 1º Centro Espírita na América Latina, o Grupo Familiar do Espiritismo em 17/09/1865 por Luiz Olímplio Teles de Menezes e 1º divulgador da Doutrina, também na América Latina com o lançamento, em julho de 1869, do jornal O ECO DE ALÉM-TÚMULO, o qual Carlos Bernardo Loureiro lançara o 1º periódico, divulgando em larga escala o trabalho deste grande espírita, principalmente, quando completara 120 anos da Imprensa Espírita Brasileira realizando um encontro nacional em 28 a 30/07/1989 no Auditório do Correio Central na Pituba – Salvador – BA. Criticando na ocasião de um Congresso Internacional do Espiritismo em 01 a 05/10/1987 com a presença de representantes de 20 países estrangeiros em Brasília, o qual não fez nenhuma homenagem aos 120 anos da Imprensa Espírita no Brasil. Alguns anos depois, em maio de 1995, Jon Aizpúrua, presidente da CEPA (Confederação Espírita Pan-Americana), envia uma carta (em anexo versão digitalizada da missiva) para o nosso querido Carlos Bernardo Loureiro solidarizando com a homenagem a Luis Olímpio Teles de Menezes e convidando-o para um Congresso Pan-Americano e logo após, sendo o nosso querido pesquisador eleito Delegado Representante do norte/nordeste da CEPA.

Em 1971, fundou o jornal IMPACTO (que o profº Deolindo Amorim e o profº Klörs Werneck chamavam de revista), que circulou por 12 anos consecutivos. Já em 18/04/1987 funda O SAMARITANO – órgão de divulgação do TELMA; Gazeta Espírita em 1991; Dimensões (jornal e revista) e fundou vários jornais espíritas na capital e no interior do Estado da Bahia.

Colaborou em vários jornais e revistas espíritas entre elas: Revista Internacional do Espiritismo – RIE – Matão – SP; “Presença Espírita” – Salvador; “Tribuna Espírita” – Belém – PA; “Mundo Espírita” – Curitiba – PR; “Roteiro Espírita” – MG; “Bahia Espírita” – Salvador – BA; “Oásis” – Vitória da Conquista – BA; “A Aliança” – SP; “O Seareiro” – Salvador – BA; “Jornal Espírita” – SP; “O Espírita” – Brasília; “Correio Fraterno do ABC” – SP; “Alavanca” – SP; “O Imortal” – RJ; “Jornal Eclético – O Nosso” – RJ; “Jornal Perseverança” – Araguaí – MG;  “Correio Espírita Paulista” – SP; Abertura – “Jornal da Cultura Espírita” – Santos – SP; “Reformador” – SP; SEI – Boletim Semanal da ABRAJEE – RJ; “O Semeador” – RJ. Foi membro correspondente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, filiação ocorrida ao tempo da gestão do saudoso Deolindo Amorim.

Nunca se curvou a qualquer alternativa orientalista que viesse a deturpar a doutrina dos Espíritos, pois por si só são místicas e Carlos Bernardo sempre foi e é um pesquisador, defensor de fatos e não suposições.. Daí, estas tendências como auto-ajuda, auto-conhecimento que nunca ajudaram o homem no Oriente, tão pouco, na Índia que sofre tantas misérias morais, sociais, econômicas e históricas; ou idéias da pseudo-ciência, psicólogos e ramificações que apenas atolam o homem nos seus próprios arroubos sentimentais, não saindo das relações do plexo solar ao genésico. Muito menos, revelando o potencial ontológico e cósmico do Espírito que por circunstância nas vidas sucessivas encontra-se neste planeta ou em outro qualquer, desenvolvendo suas potencialidades, e não, meros cadáveres que terminam na estrada das ilusões: O túmulo (grifo por pertencer ao pesquisador metapsiquista, o psiquiatra Gustave Geley).

Carlos Bernardo Loureiro nunca se furtou de ajudar a qualquer que seja a pessoa, não estabelecendo nenhum privilégio em momento algum. Trabalhou nas estradas das dores alheias (palavras de um Espírito para ele) com muita dignidade, serenidade, respeito, pesquisa e um raciocínio claro e fecundo sem misticismo, e, uma rara ironia sutil que só os grandes idealistas e pesquisadores têm.

Combatido por muitos pela sua defesa extraordinária ao Espírito e seus princípios: Reencarnação, sobrevivência da alma e comunicabilidade entre os dois planos: corpóreo e incorpóreo. E amado por milhares entre eles: Os Espíritos, agradecidos por ter tido a oportunidade de serem trabalhados em seus conceitos de vida, da morte, do evolver do Espírito no seu potencial axiológico, ontológico, cósmico e seus anseios mais profundos entre eles a afirmação inquestionável da Lei Natural e do livre arbítrio que anuncia nossa superioridade imanente em vidas sucessivas. Além de argumentar a verdadeira face do psicólogo da alma: Jesus (grifo meu por pertencer a Carlos Bernardo Loureiro).

Todos os escritos são a desmistificação de idéias cristalizadas pelas religiões, pseudo-cientistas, incautos filósofos e tresloucados pseudo-conhecedores da alma humana e, até mesmo, pseudo-espíritas que se aproveitam dos desesperos humanos, criando a idéia de que a obsessão faz parte do passado. Como se esta sociedade que vivemos fosse um eterno paraíso onde se deleitam delícias de paz e tranqüilidade. Afora, os livros medíocres e alienantes dos romances mediúnicos que destroem a autenticidade do Espiritismo, advindo da fina flor do pensamento europeu, desembocando neste país místico e repleto de oportunistas de plantão, que sempre esperam a próxima presa para ludibriar.

Carlos Bernardo Loureiro se classificava como o “último dos moicanos”; a única voz que brada no deserto em defesa da pureza doutrinária do Espiritismo. Era e é.

Neste momento, todos os triunfos em homenagem a este “cabra da peste” que amamos muito e que temos um pacto de gratidão imensurável para não dizer eterno. Já dissera Leopoldo Machado em comunicação rara por psicografia pelo próprio Carlos Bernardo em 21/07/1996 no final do seminário “A Visão Espírita da Morte”: “a Eternidade é o próprio Espírito!”. Então, é eterno o amor e a gratidão que sentimos por ele, principalmente, EU que aqui escrevo estas palavras.

Para atestar parte do grandioso trabalho de Carlos Bernardo Loureiro e os Espíritos a partir de 1998 iniciou a catalogação estatística da circulação de pessoas assistidas no TELMA. Daí, temos: 1998 – 65.407 | 1999 – 76.252 | 2000 – 62.610 | 2001 – 64.977 | 2002 – 62.731 | 2003 – 56.852 | 2004 – 62.600 | 2005 – 60.100 | 2006 até 6 de agosto – 37.574.

Durante 2000 até 2005 antes da mudança para a sede do Teatro realizou-se a estatística de freqüência na Livraria Bezerra de Menezes na Av. Sete, Ed. Itaípe, sala 105, 1º andar: 2000 – 3.840 | 2001 – 8.153 | 2002 – 6.272 | 2003 – 6.100 | 2004 – 4.100 | 2005 – 3.800.

A partir do dia 20/08/2006, sem criar nenhum tipo de disposição em contrário com os atuais dirigentes e não concordando com a s mudanças nos trabalhos de desobsessão para “Passe Light”, fundei em 22/08/2006 o INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA CARLOS BERNARDO LOUREIRO, seguindo o meu livre arbítrio e as aulas memoráveis do meu querido professor, pesquisador e companheiro de ideal. Tudo que escrevo é, e sempre será, dedicado a ele e aos Espíritos que aqui trabalham.

Leia a fábula “A Serpente e O Vaga-Lume
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aqui e aqui e saiba sobre a luta contra a tentativa de instituir um “casamento espírita”

Mais um espírita digno: Carlos de Brito Imbassahy – Leia o artigo

Clique aqui para ver a carta de John Aspurua, enviada a Carlos Bernardo Loureiro.

Cristiane Amaral – Presidente do Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro, fundado em 22/08/2006, na Graça.