Seminário – A Bíblia e Seus Absurdos

Este Seminário tem como marca particular o maior exemplo de desmistificação feito por um Espírita Kardecista e pesquisador nato. As homenagens aos trabalhos de Carlos Bernardo Loureiro sempre nos trazem uma satisfação ímpar para nossa história como Espíritos reencarnados. Assim, como apresentação deste folder nada mais que a opinião que ele escolheu para início do seu texto e suas próprias palavras:

“Opinião do Filósofo León Denis sobre o Deus da Bíblia

Deus é apresentado na Bíblia sob aspectos múltiplos e contraditórios. Dizem-no o melhor dos pais e fazem-no desapiedado para com os filhos culpados. Atribuem-lhe a onipotência, a infinita bondade, a soberana justiça, e rebaixam-no até o nível das paixões humanas, mostrando-o terrível, parcial, implacável. Fazem-no criador de tudo o que existe, dão-lhe a presciência, e, depois, apresentam-no como arrependido de sua obra.

 

… Não se pode considerar a Bíblia como A PALAVRA DE DEUS nem um revelação sobrenatural”.

Trecho do prefácio do livro: A Bíblia e Seus Absurdos

“Ao longo da análise que fiz, de versículo a versículo, houve momentos em que pensei em desistir, diante dos quadros terríveis que se sucediam ante os meus olhos. Vi, estarrecido, entre outros absurdos, três mil israelitas serem massacrados porque preferiram um “bezerro de ouro” Àquele “Deus” autoritário e impiedoso. Os gritos de clemência dos apóstatas ecoaram, lugubremente, pelas planícies, ao pé do Monte Sinai. “Deus”, implacável, iracundo, exigia vingança! O sangue jorrou sobre a Terra, como se não fosse estancar jamais.

E tantas outras carnificinas “presenciei”, horrorizado. Que “Deus” é esse? Por que tanta ânsia sangüinária? Era sempre insatisfeito; queria sangue, e mais sangue, que jorrava, abundante, dos pescoços de crianças, de idosos degolados e de animais!

Nada demovia “Deus” de seus instintos assassinos. Era implacável a sua ira, tanto quanto para com os seus “filhos”, quando o traíam, como para as populações vencidas nas guerras que promovia. A sua ordem era, sempre, PASSAR A FIO DE ESPADA TUDO O QUE VIVESSE na cidade conquistada, eles também têm sangue!…

Entrego, com tristeza, esta obra ao público. É a primeira vez que, ao concluir um livro, me sinto deprimido, acabrunhado. Perdoe-me, caro leitor, por fazê-lo compartilhar do meu mais profundo desgosto em assistir, absolutamente impotente, ao que os homens fizeram de Deus, transformando-O À sua imagem e semelhança. Esse “Deus” algoz deveria ter ficado no passado histórico dos hebreus. Ali, de qualquer sorte, ele age com desenvoltura, entre um povo extraordinariamente belicoso, pleno de ambições, que não vacila em fazer prevalecer os seus avassaladores objetivos.

Não se pense que sou um blasfemo, que nutro ojeriza ao conteúdo do Velho Testamento; em absoluto! É que não posso aceitar um “Deus” que promove, como “Senhor dos Exércitos”, crimes hediondos, levando o “povo eleito” à prática de terríveis atitudes perante o seu próximo. Nos estandartes das tropas israelitas deveria ter inscrita, em letras indeléveis, vistosas, rubras: OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE!”

Cristiane Amaral
21/04/2009 às 15:35h

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